11º ano

11º anoGeometria AnalíticaSeções cônicas


Coordenadas polares de cônicas


Compreender seções cônicas como elipses, parábolas e hipérboles é uma parte importante da geometria coordenada. Embora essas seções cônicas sejam tipicamente estudadas em coordenadas cartesianas, elas também podem ser representadas elegantemente em coordenadas polares. Este artigo discute em profundidade a representação de cônicas em coordenadas polares.

Introdução às seções cônicas

Seções cônicas são as curvas obtidas cortando um cone circular reto com um plano. Dependendo do ângulo e da posição de interseção, temos diferentes tipos de seções cônicas: círculos, elipses, parábolas e hipérboles. Cada tipo tem uma definição geométrica e equação únicas, tradicionalmente usando coordenadas cartesianas.

Definições básicas

  • Círculo: Um tipo especial de elipse em que o eixo maior é igual ao eixo menor.
  • Elipse: O conjunto de todos os pontos para os quais a soma das distâncias a dois pontos fixos (os focos) é constante.
  • Parábola: O conjunto de todos os pontos equidistantes de um ponto fixo (o foco) e uma linha (a diretriz).
  • Hipérbole: O conjunto de todos os pontos para os quais a diferença das distâncias a dois pontos fixos (os focos) é constante.

Coordenadas polares

Antes de avançar para cônicas em coordenadas polares, vamos refrescar nosso entendimento de coordenadas polares. Em coordenadas polares, um ponto no plano é descrito por sua distância da origem (r) e o ângulo (θ) a partir do eixo x positivo. Este sistema é particularmente útil em situações onde a simetria em torno de um ponto é uma característica predominante.

A conversão entre coordenadas cartesianas (x, y) e coordenadas polares (r, θ) é dada pelas equações:

x = r * cos(θ)
y = r * sin(θ)

E vice-versa:

r = √(x² + y²)
θ = arctan(y / x)

Seções cônicas em coordenadas polares

Para cônicas, coordenadas polares frequentemente simplificam a representação e destacam propriedades geométricas subjacentes. Uma equação polar geral para seções cônicas com um foco na origem é:

R = (l) / (1 + e * cos(θ))

onde e é a excentricidade do cone e l é o semilatício retor.

Cone circular

Um círculo em coordenadas polares centrado na origem pode ser simplesmente expresso como:

r = R

Aqui, R é o raio do círculo. Cada ponto no círculo está à mesma distância (R) da origem, independentemente de θ.

Exemplo para r = 5:

5

Cone elíptico

Em coordenadas polares, uma elipse com um foco na origem é dada por:

R = (l) / (1 + e * cos(θ)) , 0 < e < 1

A excentricidade e é menor que 1. Quanto mais próxima da excentricidade é de 0, mais a elipse se parece com um círculo. O parâmetro l está relacionado à distância entre a diretriz e o foco.

Exemplo para r = (10) / (1 + 0.6 * cos(θ)):

Cone parabólico

Para uma parábola, onde um foco está no polo, a equação é a seguinte:

R = (l) / (1 + cos(θ))

A excentricidade de uma parábola é exatamente 1. O conceito de uma diretriz se assemelha bastante ao das coordenadas cartesianas.

Exemplo para r = (6) / (1 + cos(θ)):

Cone hiperbólico

Uma hipérbole em forma polar é mais alongada do que uma elipse:

R = (l) / (1 + e * cos(θ)) , e > 1

A excentricidade é maior que 1. Ao contrário de outras seções cônicas, a hipérbole possui dois ramos.

Exemplo para r = (4) / (1 + 1.5 * cos(θ)):

Derivação e aplicações

Para entender como essas equações são derivadas, considere as propriedades das cônicas. Com o foco na origem, as relações estão diretamente relacionadas à excentricidade e ao semilatício recto. Estas são consistentes ao lidar com equações cartesianas ou polares.

A derivação usa as propriedades de distância inerentes a cada cônica. O paradigma foco-diretriz sustenta as equações polares de cônicas, que às vezes tornam a natureza das curvas mais clara do que as formas cartesianas.

A beleza das coordenadas polares torna-se extremamente importante em situações que envolvem mecânica orbital, que reflete os caminhos reais de planetas, cometas e satélites, que são elípticos, com cada corpo orbitando em um foco.

Exemplos e exercícios adicionais

Para um melhor entendimento, considere praticar convertendo equações de cones cartesianas conhecidas em suas formas polares. Verifique seus resultados ao graficar essas funções para ver se elas correspondem à forma esperada do cone. Da mesma forma, quando confrontado com um problema envolvendo pontos de coordenadas polares, praticar a conversão para cartesiana e vice-versa reforçará seu entendimento.

Exemplo de problema:

Converta a seguinte hipérbole cartesiana para a forma polar.

9x² – 16y² = 144

Solução:

  • Encontre os vértices, focos e diretrizes para o cone em forma cartesiana.
  • Derive uma equação polar usando esses pontos e propriedades.
  • Expresse o resultado em r e θ com as restrições apropriadas para θ.

Conclusão

Usar coordenadas polares para explorar seções cônicas não só fornece novas informações sobre suas propriedades, mas também oferece benefícios práticos em campos como a física e a engenharia. Ao dominar essas formas alternativas, estudantes e profissionais podem obter uma visão mais abrangente da geometria e suas aplicações.


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