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Métodos de quadratura


Métodos de quadratura, comumente referidos como integração numérica, são um conjunto de algoritmos para calcular aproximadamente a integral definida de uma função. Integrais definidas são fundamentais na matemática, particularmente no cálculo, e são essenciais para encontrar áreas, volumes, pontos centrais, entre muitas outras coisas. Métodos numéricos são necessários quando uma função é complicada ou não é integrável analiticamente.

O objetivo dos métodos de quadratura é estimar a integral definida de uma função em um intervalo. Para uma função dada f(x), a integral definida entre os limites a e b é expressa como:

a b f(x) dx

Uma ilustração visual simples deste conceito pode ser entendida considerando o gráfico da função f(x):

f(x) A B

A área sombreada sob a curva f(x) entre a e b representa a integral definida. Em muitos casos, é difícil ou impossível encontrar a área analiticamente, então métodos numéricos entram em ação.

1. Regra do ponto médio

A regra do ponto médio estima a integral tomando o valor da função no ponto médio do intervalo e multiplicando-o pela largura do intervalo. Ela é representada como:

I ≈ f((a + b) / 2) × (b – a)

Suponha que queremos aproximar a integral de f(x) = x^2 no intervalo [1, 3]. Usando a regra do ponto médio:

Ponto médio: ((1 + 3) / 2) = 2
f(2) = 2^2 = 4

Assim, a integral aproximada é:

≈ 4 × (3 – 1) = 8

2. Regra do trapézio

A regra do trapézio aproxima a área sob a curva como um trapézio e calcula sua área. A fórmula é:

I ≈ (B – A) × (F(A) + F(B)) / 2

Suponha que queremos encontrar a integral da função f(x) = x^3 em [1, 2]:

f(1) = 1^3 = 1
f(2) = 2^3 = 8

Portanto, a integral é estimada da seguinte forma:

I ≈ (2 – 1) × (1 + 8) / 2 = 4.5

3. Regra de Simpson

A regra de Simpson é mais precisa e usa uma parábola para aproximar a curva. A regra de Simpson assume que a função é quadrática. Ela é expressa como:

I ≈ (B – A) / 6 × [f(A) + 4f((A + B) / 2) + f(B)]

Vamos tentar isso para f(x) = x^2 em [0, 2]:

f(0) = 0^2 = 0
Ponto médio: ((0 + 2) / 2) = 1; f(1) = 1^2 = 1
f(2) = 2^2 = 4

A integral aproximada usando a regra de Simpson é:

I ≈ (2 – 0) / 6 × [0 + 4 × 1 + 4] = 2.67

4. Quadratura gaussiana

A quadratura gaussiana melhora a precisão escolhendo pontos de amostra ótimos e seus pesos dentro do intervalo. Esses pontos e pesos são obtidos a partir das raízes de polinômios ortogonais, como polinômios de Legendre. A fórmula geral com n pontos é:

I ≈ ∑ wi × f( xi )

onde w i são pesos e x i são raízes (nós).

Por exemplo, usando uma quadratura gaussiana de 2 pontos para -1 1 x^2 dx:

Raízes: x 1 = -1/√3, x 2 = 1/√3
Pesos: w 1 = w 2 = 1

Assim, a integral pode ser aproximada como:

I ≈ 1 × ((-1/√3)^2) + 1 × ((1/√3)^2) = 0.6667

Exemplo de texto

Aqui estão exemplos simples para mostrar a aplicação de cada método:

Exemplo 1: Regra do ponto médio

Seja f(x) = e^x em [1, 2]. Aproximar usando a regra do ponto médio.

Ponto médio: ((1 + 2) / 2) = 1.5
f(1.5) = e^1.5 ≈ 4.4817
Aproximação: 4.4817 × (2 - 1) = 4.4817

Exemplo 2: Regra do trapézio

Encontre 0 π sin(x) dx usando a regra do trapézio.

f(0) = sin(0) = 0
f(π) = sin(π) = 0
Aproximação: π × (0 + 0) / 2 = 0

Exemplo 3: Regra de Simpson

Aplicar a regra de Simpson para estimar 0 2 ln(x + 1) dx.

f(0) = ln(1) = 0
Ponto médio f(1) = ln(2) ≈ 0.6931
f(2) = ln(3) ≈ 1.0986
Aproximação: (2/6) × (0 + 4×0.6931 + 1.0986) ≈ 1.7627

Exemplo 4: Quadratura gaussiana

Estimar -1 1 x^4 dx usando quadratura gaussiana de 2 pontos.

Raízes: x 1 = -1/√3, x 2 = 1/√3
Pesos: w 1 = w 2 = 1
f(x 1 ) = ((-1/√3)^4), f(x 2 ) = ((1/√3)^4)
Aproximação: 1 × f(x 1 ) + 1 × f(x 2 ) = 1/9 + 1/9 = 0.2222

Conclusão

Métodos de quadratura são o alicerce essencial da análise numérica. Eles são amplamente usados em uma variedade de campos, desde a física até as finanças, onde quer que cálculos integrais sejam necessários, mas não sejam possíveis de serem realizados analiticamente. Esses métodos tornam possível lidar com problemas envolvendo funções complexas e limitam a análise a resultados numéricos que ainda fornecem insights importantes sobre os fenômenos subjacentes. Cada método tem suas próprias vantagens e limitações, muitas vezes dependendo da natureza da função a ser integrada. Selecionar o método apropriado pode levar a cálculos mais eficientes e precisos.


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